Patamar superior dos Jardins, e também ponto mais elevado da Silveira dos Limões, o Terreiro da Saudade ladeia o caminho público de saída da aldeia em direcção aos pinhais. Em tempos idos, este era um local de encontro em família, nas noites de Verão, antes das despedidas. A designação ficou.
No essencial, o trabalho paisagístico aqui realizado procura recuperar a dimensão simbólica e a tradição deste pequeno planalto. Foi mantida uma zona densa de flora autóctone, em que predominam estevas e carquejas, no seguimento de um grupo de pinheiros bravos de grande porte, tendo sido também introduzidas novas espécies, incluindo algumas exóticas. A zona central, que sempre caracterizou o "terreiro", foi limpa de matos e nivelada a partir de uma sequência de três degraus, construídos em terra batida, com espelhos em chapa de ferro.
> Xisto|Banco de Imagens da Silveira (BIS)
Terreiro da Saudade,
Silveira dos Limões, Abril 2014
fotografia digital
© CRO|XISTO|BIS|JX(RO)
Terreiro da Saudade,
Silveira dos Limões, Abril 2014
fotografia digital
© CRO|XISTO|BIS|JX(RO)
FLORA AUTÓCTONE E NATURALIZADA > TERREIRO DA SAUDADE [em actualização]
| alecrim Rosmarinus officinalis / R. prostatus | arruda Ruta graveolens | artemísia Arthemisia vulgaris | carqueja Pterospartum tridentata | chorão Carpobrutus edulis | coroa-de-rei Helichrysum stoechas | coucello Umbilicus rupestris | erva-das-lamparinas/marroio Ballota hirsuta | erva-caril Helichrysum angustifolium italicum | erva-cidreira Melissa officinalis |erva-pinheira Sedum sediforme | esteva Cistus ladanifer | feto-dos-bosques Pteridium aquilinum | feto polipódio Polypodium viulgare | figueira Ficus carica | funcho Fueniculum vulgare | junco Juncus efesus | loendro/cevadilha, Nerium oleander | loureiro Laurus nobilis | medronheiro Arbutus unedo | oliveira Olea europea | pampilho Chrysanthemum segetum | pilriteiro Crataegus monogyna | pinheiro-bravo Pinus pinaster | pinheiro-manso Pinus pinea | roselha Cistus crispus | rosmaninho Lavandula stoechas | sargaço Halymium ocymoides |sedum Sedum proinatum | tapete inglês Polygonum capitatum | tojo Ulex europaeus | tomilho Thymus mastichina | urze Calluna vulgaris |
FLORA ALÓCTONE OU EXÓTICA > TERREIRO DA SAUDADE [em actualização]
FLORA ALÓCTONE OU EXÓTICA > TERREIRO DA SAUDADE [em actualização]
| abeto anão Picea glauca conica | ajuga Ajuga reptens | aloés Aloe vera | amarilis Amarylis belladonna | cipreste-de-Florença Cupressus stricta | conteira Canna indica | cravo túnico Tagetes erecta | craveiro Dianthus caryophyllus | despedidas-do-verão Aster amelus | hortência Hidrangea macrophylla | ixia (rosa/laranja) Ixia sp. | limoeiro Citrus limon / Citrus "medica variegata" | magnólia Magnolia grandiflora | palmeira Phoenix canariensis | pimenteira-bastarda Schinus molle | piteira Agave americana/A. americana marginata | rosa carnuda Echeveria elegans | sardinheira Plargonium zonale |
Desta imagem desprende-se uma espécie de magia, talvez também pela hora a que foi captada. E o texto que a acompanha, ao evocar 'tempos idos', parece conferir mistério e nostalgia a este sítio.
ResponderEliminarA escolha da imagem pretendeu isso mesmo, ampliar a memória do sítio. De resto, quer a palavra "terreiro" quer a palavra "saudade" são evocativas de uma identidade antiga, muito portuguesa. Falta no entanto (aqui, como no resto dos Jardins) que o tempo faça o que só ele pode fazer, que as árvores cresçam e acrescentem ao Terreiro a magia própria da natureza com as suas misteriosas sombras.
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