sexta-feira, 22 de agosto de 2014

3 ANOS DOS JARDINS DO XISTO | DIAPORAMA

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Através deste diaporama assinalamos os 3 anos dos Jardins do Xisto. Fotografias tiradas entre os meses de Março e Agosto de 2014. 

CANTEIRO INICIAL



Em Maio de 2011, após desobstrução e poda do tronco da "palmeira que definhava", organizaram-se as pedras de xisto que por ali estavam e formou-se uma espécie de canteiro. Nos intervalos entre as pedras foram plantados lírios trazidos de um passeio à aldeia histórica de Castelo Novo, na Gardunha. Depois, o vizinho José trouxe um pequeno pinheiro manso, que foi a primeira árvore aqui plantada. 

Não havia, nessa altura, qualquer intenção de fazer um jardim. Mas durante as férias de Verão, surgiu a ideia de ir ajardinando a beira da estrada. Só então começou a pensar-se num projecto paisagístico.

Passados três anos, os Jardins do Xisto cresceram para além de qualquer expectativa e, possivelmente, para além do bom senso. Fruto de paixão e também, há que dizê-lo, de trabalho árduo, em regime de total voluntariado. O bom acolhimento e o envolvimento da comunidade local têm sido um estímulo permanente.
Entretanto, estes jardins tornaram-se a face visível de um projecto cultural integrado e multidisciplinar, que inclui a Natureza e a Paisagem num contexto artístico mais amplo.


> Xisto | Banco de Imagens da Silveira (BIS)
(1) Canteiro inicial e palmeira dos Jardins do Xisto, Silveira dos Limões, Maio 2011
(2) Patamar da palmeira dos Jardins do Xisto, Silveira dos Limões, Julho 2014
fotografias digitais
©  CRO|XISTO|BIS|JX(RO)

JARDINS DO XISTO | ANTES & DEPOIS







Tudo começou com o gesto simples de querer salvar uma palmeira que definhava à beira de um caminho, com o tronco soterrado e as folhas roídas por cabras. (v. link) 

Pouco mais de 3 anos separam estas duas imagens que registam a saída poente da povoação de Silveira dos Limões, no local onde termina o empedrado da rua e começa a estrada, entre pinhais, em direcção ao labirinto de caminhos de floresta que conduz a hortas e a aldeias vizinhas

Na primeira fotografia, anterior a 2011, a seta sinaliza essa palmeira que, como se pode ver na segunda fotografia, é agora uma árvore feita (clique nas imagens para ampliar). 
Depois do terreno ter sido limpo de lixos, entulhos e sucatas, procedeu-se à eliminação dos eucaliptos, tendo como objectivos desocultar a paisagem, dominada à distância pela Serra do Moradal, e recuperar os solos esgotados. Entretanto construíram-se patamares, socalcos, canteiros, caminhos, veredas, rampas e degraus, procurando vencer declives e estabelecer percursos. Plantaram-se também numerosas árvores e arbustos, valorizou-se a flora autóctone pré-existente e introduziram-se novas espécies, tanto autóctones como exóticas. Porém, os trabalhos de consolidação dos terrenos estão longe de concluídos e as árvores, como se sabe, demoram a crescer.

projecto paisagístico Jardins do Xisto veio contrariar o estado de abandono e o desordenamento do sítio e, sobretudo, contribuir para valorizar a paisagem e a natureza autóctones. Simultâneamente, a comunidade passou a dispor de um lugar de encontro que prolonga o espaço público da aldeia e o torna mais atractivo.


> Xisto | Banco de Imagens da Silveira (BIS)
(1) Saída poente da aldeia, Silveira dos Limões, 2010
(2) Saída poente da aldeia, Jardins do Xisto, Silveira dos Limões, Julho 2014
fotografia digital
©  CRO|XISTO|BIS|JX(RO)

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

COROA IMPERIAL










Entre as numerosas variedades de coroa imperial, esta
talvez seja uma das mais extraordinárias: pétalas brancas contorcidas, salpicadas de pintas rubras, cujo pigmento parece alastrar sobre o branco tornando-o rosado. Cremos que se trata de um híbrido agrupado sob o nome botânico Lilium oriental, possivelmente originário do Japão. 

Os bolbos desta coroa imperial foram mantidos em vasos e floriram durante várias décadas a todo o comprimento da varanda da casa beirã de Joaquina Rodrigues Laia, em Sarzedas. Julgaram-se depois perdidos, mas viriam mais tarde a ser redescobertos no jardim de um familiar, em Coimbra. Foram então levados com destino a Lisboa, onde se desenvolveram e reproduziram. Estiveram também em Évora, na quinta de uma amiga holandesa conhecedora dos segredos da reprodução de bolbos, na esperança de que ela conseguisse multiplicá-los. E finalmente, completaram, digamos, o seu itinerário afectivo, regressando às suas raízes antigas, na Beira Baixa.
Há plantas assim, que herdamos dos antepassados e cultivamos como se fossem parte de nós, acompanhando-nos por toda a vida. Estas coroas imperiais estão de novo a florir, mas agora na Silveira dos Limões, no pátio da casa onde há muito tempo nasceu quem tanto as acarinhou. 


> Xisto | Banco de Imagens da Silveira (BIS)
Coroas imperiais do pátio, 
Silveira dos Limões, Julho 2014
fotografia digital
©  CRO|XISTO|BIS|JX(RO)