Onde quer que haja horta ou jardim, a cava-terra ou toupeira (Taipa occidentalis), é bicho indesejado. Nas últimas semanas as toupeiras invadiram em força todos os canteiros do patamar inferior dos Jardins do Xisto. O que fazer? Nada. Afinal estes mamíferos insectívoros podem ser mais úteis do que prejudiciais. Ao perfurar o solo para construir uma complexa rede subterrânea de túneis e galerias alimentam-se de larvas e insectos nocivos.
Por enquanto, o prejuízo mais evidente da presença de toupeiras nos Jardins do Xisto, dadas as características do terreno em socalcos, diz respeito ao desperdício da água das regas, que vemos esvair-se a vários metros de distância dos canteiros.
"O principal predador da toupeira acaba por ser o homem, que vê nela uma praga, responsável pelo desenraizamento de plantas e deslocamento de raízes. De facto, enquanto constrói galerias, a toupeira vai revolvendo a terra, causando algum prejuízo a agricultores e jardineiros. No entanto, a sua presença tem também um lado positivo, visto ser uma grande consumidora de animais prejudiciais a muitas plantas de cultivo e oxigenar o solo através da sua actividade escavadora". (v. link)
Este invulgar artefacto de cerâmica popular, uma armadilha para caçar toupeiras, tem a particularidade de integrar factores mágicos/fálicos do mundo rural, sendo representativo do imaginário fantasioso dos barristas de Ribolhos.
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Caça-toupeiras, déc. 1980
Cerâmica, barro negro de Ribolhos (Castro d'Aire)
© CRO|XISTO|ET.
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