Por estas paragens da Beira Baixa chamam-lhe simplesmente sargaço, mas devido à coloração verde-esbranquiçada da sua folhagem é também conhecido por sargaço-branco ou mato-branco. Trata-se da espécie autóctone Halimium ocymoides, que pertence à mesma família das estevas (Cistaceae).
Embora em perigo de extinção, a verdade é que este ano já nasceram espontâneamente vários sargaços nos Jardins do Xisto, decerto devido à propagação das suas sementes num território onde se sentem protegidos. Todos estão a florir nesta altura do ano.
> Xisto | Banco de Imagens da Silveira (BIS)
Sargaço do Terreiro da Saudade,
Jardins do Xisto, Silveira dos Limões, Maio 2014
fotografia digital
© CRO|XISTO|BIS|JX(RO)
Linda!
ResponderEliminarTemos por aqui outras cistáceas, Esta não.
Cumprimentos.
É verdade. Estou orgulhoso destas beldades.
ResponderEliminarDizem-me que eram frequentes, em redor da aldeia. Agora já raramente são vistas.
Obrigado pelo comentário.
Quem diria que o sargaço se transformaria numa relíquia viva. É de facto belíssimo.
ResponderEliminarAinda me lembro de o ver nesta região, um pouco por todo o lado. Bem hajam!
António N.
EliminarTodos os jardins são relíquias vivas e algumas espécies, pela sua raridade, são relíquias que devem ser muito protegidas, se possível reproduzidas.
O sargaço gosta de clareiras, não se dá bem onde haja grande densidade de espécies diferentes, embora não dispense a proximidade destas. Gostaria de recriar um sargaçal, mas não sei até que ponto posso vir a ter êxito.
Há tempos conheci uma senhora inglesa que coleccionava Cistaceaes de todo o mundo, fazia-o com grande esforço e dava-lhe muito trabalho reunir condições para que elas se sentissem em casa num jardim Inglês, lembro-me que um dos problemas dela era o solo no seu jardim ser excessivamente rico em nutrientes, nós temos Cistaceaes por todo o lado e por isso às vezes não lhes damos o devido valor, são plantas maravilhosas!
ResponderEliminarRosa, é verdade, são maravilhosas. Uma das questões centrais aqui nos jardins é saber como introduzir, nos mesmos canteiros, espécies que exigem regas e terreno mais rico em nutrientes, sem com isso "agredir" as muito numerosas cistaceaes espontâneas. Tenho seguido a intuição: é preciso manter intacto e compacto o solo em torno das cistaceaes e colocar estrume apenas nas covas onde se plantam as outras espécies.
EliminarAusenta-se uma pessoa por uns dias no estrangeiro e a natureza não espera nos Jardins do Xisto! Sentem-se protegidos os sargaços, pois claro! Que planta que se preze não gostaria de ficar eternamente nesse local sob a protecção de tão sensíveis jardineiros? Se eu fosse Flor... mas sou apenas Maria...
ResponderEliminarTambém gostaria de me ausentar para o estrangeiro, mas os Jardins do Xisto exigem presença continuada. Mesmo para deslocações ao "Alentejo da minh'alma" teremos que esperar pelas férias do Verão. Ambiciona-se o dia em que os Jardins do Xisto entrem em auto-gestão, então sim, não haverá rara Maria que escape à nossa protectora jardinagem. Até lá, espera-se nova visita tua. Promete-se vista para as serranias e limonadas refrescantes, aromatizadas com mel e hortelã.
EliminarÉ tentadora a proposta. Qualquer dia! Qualquer dia hei-de voltar para a prazenteira sensação de comparar o que foi, o que vai sendo, o que está a ser. Como em qualquer parto feliz, o Xisto vai crescendo e há-de chegar à auto-gestão num dia não muito longe.Sabedoria de mãe!
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