Observemos o engenho posto na construção de um ninho: pequena peça de arquitectura ou de design, perfeita "Obra da Natureza", respeitando ao máximo o meio ambiente e os recursos naturais. Se os humanos seguissem o exemplo da passarada, certamente viveríamos todos de um modo mais equilibrado e, quem sabe, mais feliz. Mas as coisas são o que são. Aos humanos é dada a capacidade que os distingue de todos os outros seres vivos, de (re)criar o mundo, de transformar a natureza - para o melhor e para o pior - coisa que não se espera das aves.
O ninho de melro que aqui se mostra foi descoberto num sobreiro, durante os trabalhos de limpeza e poda de uma área de bosque dos Jardins do Xisto, tendo ajuda voluntária de Verónica, a mais jovem amiga dos jardins e recente leitora atenta do nosso blog, a quem dedicamos este texto ilustrado.
> Xisto | Obra da Natureza
Ninho de melro descoberto no Bosque Fundeiro,
Jardins do Xisto, Silveira dos Limões, Julho 2014
entrelaçado de matérias vegetais
© CRO|XISTO|ON
A natureza é harmoniosa e intuitivamente inteligente, mas não completamente perfeita... Porém, o ser humano devia estar mais disponível para contemplar tudo o que a natureza tem para ensinar, e aprender a preservar e a respeitar a terra e a Terra.
ResponderEliminarFiquei muito satisfeito ao constatar a adesão de gente tão jovem aos "Amigos dos Jardins". Oxalá num futuro que já é presente, venham muitos amigos colaborar apaixonadamente neste projecto. E, apesar das adversidades, é sempre tempo de alento e esperança...
A perfeição, Shanti, é uma idealização. A condição humana é também imperfeita e contraditória, dentro e fora da nossa pele. Basta pensar que todos os seres vivos sobrevivem à custa da destruição de outros seres vivos para concluir que a crueldade é um factor crucial de equilíbrio. Mas o homem é o único ser que destrói mais do que necessitaria para a sua sobrevivência. A ambição humana é o grande perigo, simultaneamente, é capaz do prodígio.
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