Diz-se da gardénia (Gardenia jasminoides) que as suas flores brancas, além de belíssimas, têm um dos perfumes mais sofisticados que a natureza pode oferecer ao nosso olfacto. É igualmente um arbusto de bela folhagem perene, intensamente verde e brilhante.
Oriunda da Ásia, sabe-se que a gardénia já era cultivada na China na Dinastia Song (960-1207 AD), sendo desde então representada recorrentemente na arte clássica chinesa. O Imperador Huizong (Zhao Ji, 1082-1135), um dos líderes mais destacados desta dinastia, homem culto e coleccionador de obras de arte, interessado pela natureza e pela construção de jardins de rocha, foi ele próprio um grande pintor e poeta. É-lhe atribuída a obra Gardénia e lichias com pássaros (v. "Gardenia and Lichee with birds", British Museum, Londres).
Para os Jardins do Xisto foi transplantada uma das duas gardénias que existiam no pátio cá de casa, mas ela não gostou do novo sítio, talvez excessivamente agreste, ou não gostou das companheiras autóctones, talvez selvagens demais para os seus delicados hábitos, e acabou por secar. Quanto à outra gardénia, a que permanece no recato do pátio, continua a florir.
> Xisto | Banco de Imagens da Silveira (BIS)
Gardénia junto ao muro de xisto do pátio,
Silveira dos Limões, Junho 2011
fotografia digital
© CRO|XISTO|BIS|JX(RO)
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