Jardins, no plural, porquê?
Devido ao acentuado declive do terreno em que estão implantados, os Jardins do Xisto distribuem-se por patamares, interligados por caminhos, veredas e degraus, cada um destes patamares podendo considerar-se uma zona diferenciada de ajardinamento.
Por outro lado, enquanto projecto de desenvolvimento local que decorre principalmente de opções de voluntariado, o plural "jardins" pretende evitar uma leitura isolada do sítio e constituir um possível exemplo de revitalização e transformação de uma aldeia, contra o abandono e a decadência do mundo rural. Associam-se-lhe, no que respeita aos valores paisagísticos, os pequenos jardins privados, as hortas, os quintais, os canteiros e árvores plantadas à beira da rua, ou mesmo as casas já recuperadas. No seu conjunto, todos estes factores contribuem para a valorização ambiental e estética da Silveira dos Limões.
Evidentemente, os Jardins do Xisto não são um "jardim particular", mas também não são um "jardim público" convencional. Considerando o vasto território florestal da Beira Baixa em que se integram (Pinhal Interior) e a sua localização específica (a parte mais elevada da povoação de Silveira dos Limões), o projecto paisagístico tem como propósito vir a tornar-se um lugar de arte pública e, simultaneamente, um posto de observação privilegiada da paisagem local, isto é, um sítio ajardinado a partir do qual se "reordena" e valoriza a natureza e a paisagem circundantes.
> Xisto|Banco de Imagens da Silveira (BIS)
Escultura "ready made" no Terreiro da Saudade,
Silveira dos Limões, 2013
Escultura "ready made" no Terreiro da Saudade,
Silveira dos Limões, 2013
fotografia digital
© CRO|XISTO|BIS|JX(RO)
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