Tudo começou com o gesto simples de querer salvar uma palmeira que definhava à beira de um caminho, com o tronco soterrado e as folhas roídas por cabras. (v. link)
Pouco mais de 3 anos separam estas duas imagens que registam a saída poente da povoação de Silveira dos Limões, no local onde termina o empedrado da rua e começa a estrada, entre pinhais, em direcção ao labirinto de caminhos de floresta que conduz a hortas e a aldeias vizinhas.
Na primeira fotografia, anterior a 2011, a seta sinaliza essa palmeira que, como se pode ver na segunda fotografia, é agora uma árvore feita (clique nas imagens para ampliar).
Depois do terreno ter sido limpo de lixos, entulhos e sucatas, procedeu-se à eliminação dos eucaliptos, tendo como objectivos desocultar a paisagem, dominada à distância pela Serra do Moradal, e recuperar os solos esgotados. Entretanto construíram-se patamares, socalcos, canteiros, caminhos, veredas, rampas e degraus, procurando vencer declives e estabelecer percursos. Plantaram-se também numerosas árvores e arbustos, valorizou-se a flora autóctone pré-existente e introduziram-se novas espécies, tanto autóctones como exóticas. Porém, os trabalhos de consolidação dos terrenos estão longe de concluídos e as árvores, como se sabe, demoram a crescer.
O projecto paisagístico Jardins do Xisto veio contrariar o estado de abandono e o desordenamento do sítio e, sobretudo, contribuir para valorizar a paisagem e a natureza autóctones. Simultâneamente, a comunidade passou a dispor de um lugar de encontro que prolonga o espaço público da aldeia e o torna mais atractivo.
> Xisto | Banco de Imagens da Silveira (BIS)
(1) Saída poente da aldeia, Silveira dos Limões, 2010
(2) Saída poente da aldeia, Jardins do Xisto, Silveira dos Limões, Julho 2014
fotografia digital
© CRO|XISTO|BIS|JX(RO)
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