quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

2015


Feliz Ano Novo!

Um jardim demora pelo menos o tempo de uma geração a tornar-se um lugar exuberante, mas a impaciência não faz bem à jardinagem. 

O pinheiro manso (Pinus pinea), uma das espécies notáveis da flora mediterrânica, outrora bem mais frequente nesta zona da Beira Baixa, foi a primeira árvore plantada há três anos atrás nos Jardins do Xisto, quando este projecto paisagístico ainda nem existia. Entretanto foi preciso aprender a alegria de ver árvores a crescer, sobretudo as muito lentas como é o pinheiro manso.  

> Xisto | Banco de Imagens da Silveira (BIS)
Pinheiro manso, 
Silveira dos Limões, 2014
fotografia digital
©  CRO|XISTO|BIS|JX(RO)

2 comentários:

  1. O pinheiro manso é uma dessas árvores que muito acarinho e que me faz recuperar algumas vivências da infância, quando com meu primo escalávamos o "nosso" majestoso pinheiro planeando uma casa aérea sobre um dos grossos ramos.
    Focalizando-me no post, quem convive continuamente com os Jardins do Xisto que são sinónimo de contacto com a dureza da terra, aprende a ser paciente, a apreciar o momento presente e, como me dizia o Xisto, "Aprendemos a relacionarmo-nos com a vida e com a morte". Sim, a jardinagem é também uma aprendizagem para a vida, é aquela flor que se cuida com carinho como se fosse pedaço do nosso coração e, subitamente, esmorece acabando por secar, outras é o invés, a árvore que perece sem esperança, acaba por sobreviver... Há qualquer coisa de misterioso e belo que se sobrepõe à crueldade da vida. Nos Jardins e na Silveira flutua tantas vezes a atmosfera contemplativa que me faz sentir imerso na minha humanidade.
    E quando é que regresso à Silveira? Ah, saudades...
    Bom ano novo e sejam felizes!

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    1. Oh, uma casa no alto da árvore... talvez um dia seja possível construí-la nos Jardins do Xisto. Obrigado, Shanti, por lembrares que esse sonho de infância pode vir a realizar-se.
      Quanto a este pequeno pinheiro manso da imagem, foi-me oferecido pelo teu pai há já alguns meses. Esteve num vaso e só agora, no 1º dia do ano, o transplantei para um local definitivo. Abraços e que 2015 seja merecidamente um ano feliz.

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