sábado, 20 de dezembro de 2014

COGUMELOS, FETOS, MUSGOS, LÍQUENES
























Os ciclos da terra cumprem-se continuamente. Mas porque a jardinagem nos ensina uma peculiar atenção à Natureza, aos seus segredos e contrastes, o olhar completa-se em cada ano, em cada estação. 

A memória de outros dezembros não impede que a magia se renove, bem pelo contrário, acentua o deslumbramento. Estranhos seres do mundo vegetal, adormecidos durante o verão quente e seco da Beira Baixa, regressam agora com o frio e a humidade, irrompem do solo ou invadem troncos secos e pedras. Os Jardins do Xisto, um território habitável por gnomos e duendes, enchem-se de formas selvagens e caprichosas. O mistério dos bosques revela-se nos recantos sombrios, nas clareiras, na orla dos caminhos. 


> Xisto | Banco de Imagens da Silveira (BIS)
Outono-Inverno nos Jardins do Xisto, 
Silveira dos Limões, 2014
fotografias digitais
©  CRO|XISTO|BIS|JX(RO)

9 comentários:

  1. Que belas fotografias e que bela que é a natureza nos jardins.

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    1. Não é fácil encontrar coisa mais fotogénica que os seres vegetais nascidos da humidade e do frio. Celebramos assim o solstício do inverno nos jardins. Obrigado Mister H,

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  2. Se é verdade que "Deus está nos pormenores", aqui o temos, neste encantamento
    da Natureza que, ano após ano, ainda vai conseguindo mostrar-nos o que é eterno.
    É de agradecer a Xisto o que deste modo escreve e regista e publica.

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    1. Shanti, essa é uma frase chave no design de comunicação e como lemos no teu comentário, também na natureza! Bravo.

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  3. Obrigado, Mister H. Lamento no entanto que me tenha confundido com outra pessoa. É Natal, não faz mal, por uma vez.

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  4. Regressando à capital enredei-me nas vielas, nos ruídos, na atmosfera pesada... mas a aldeia trouxe -a nas saudades a fingirem que se esmoreciam na azáfama da cidade. Ah! E uma noite minha mãe prendou-me com um delicioso prato de cogumelos que impregnava a cozinha com o delicioso aroma de caril, e adivinhem, os autênticos, arrancados no solo precisamente na vegetação que circunda a Silveira dos Limões.
    Felizmente, os Jardins de Xisto honram mais uma vez a mãe Terra.. No bosque que dá continuidade ao Terreiro da Saudade, recentemente rasgaram-se veredas que nos guiam entre pinheiros majestosos, medronheiros, outras árvores, assim como uma vegetação mais rasteira, estevas, carquejas, cogumelos... Enfim é a magia da natureza no seu estado selvagem.
    Hoje, aqui em Lisboa, sinto o encantamento do bosque como prenda de Natal.
    Bem haja, votos de um Natal feliz.

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  5. É senso comum pensar-se que no Inverno a natureza dorme. Engano! Está desperta a natureza como desperto está sempre, o autor do Blog Xisto. E assim, homem e Natureza oferecem-se-nos nesta serena combinação de cores, desvendando o que ao senso comum escapa.
    Uma harmonia comovente.
    E como o Natal já foi, deixo os meus votos de um Ano Novo verdadeiramente novo.

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  6. Fico contente. Passei parte da minha infância e adolescência entre um vai e vem nesta terra.

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  7. Ja tudo foi dito. Magnifica natureza, obrigada pelo registo atento e dedicado!

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