Imperatriz Zizi, diminutivo de vi-zi-nha, reinou na Silveira dos Limões, e nas nossas vidas. Tinha um luxuoso "casaco" tricolor e olhos de estrela de cinema, como a Sissi de Romy Schneider (vale a pena ver as semelhanças). Deixou sucessores e súbditos. Será recordada como mãe exemplar.
Disse-nos uma amiga sábia, também ela mãe, que os humanos deviam aprender a maternidade com as gatas. Porque depois de cuidarem das crias com total dedicação, depois de lhes ensinarem carinhosamente tudo o que é preciso para a sobrevivência num mundo por vezes hostil, as gatas afastam-se dos filhos ainda pequenos e, se preciso for, dão-lhes patada, como que a dizer: sejam aguerridos e autónomos.
Quem teve o privilégio de conviver de perto com as lições da gata Zizi, não poderia deixar de lhe prestar esta homenagem.
> Xisto | Banco de Imagens da Silveira (BIS)
A mãe Zizi, Silveira dos Limões, Março 2011
fotografia digital
© CRO|XISTO|BIS (RO)
Um comentário deveras interessante.
ResponderEliminarDa Zizi, relembro as épocas em que a avisada gata intuía a chegada da minha irmã à aldeia e, como por magia, ainda minha mana ajeitava a bagagem, já a gata se empoleirava na janela com seus olhos meigos... Sim, porque minha irmã e a gata pareciam ter afinidades secretas que eu não entendia bem, devo ter coçado a cabeça e interrogado, "Porque será que a mana tem esta paixão por gatos?".
ResponderEliminarNão foi uma ironia do destino, mas uma bênção, porque um dos filhotes descendentes da Zizi é um dos gatos que acarinho hoje.
Por experiência própria, sei agora que gatos são animais únicos e muito, mas mesmo muito especiais.
Foi nos Jardins do Xisto que o gatinho conquistou o meu coração, surgia-me saído do nada num repentino pular aterrava nas minhas pernas... E o gatinho é hoje o meu gato, o Musgo.
"São os gatos que escolhem os donos", frase que expressa bem a singularidade do carácter destes animais que nos cativam.
Zizi, agora que estou imerso no silêncio e quietude, dizes-me qualquer coisa do género, "Tudo é sonho, mas o real está para lá do sonho, somos esse fundo imutável, não estejas triste, serena..."
Obrigado, Francisco Clamote.
ResponderEliminarObrigado, Shanti.
A propósito dos belos descendentes que a grande imperatriz Zizi nos deixou, tenho que aceitar que há donos afortunados. Shanti, foi o eleito, e eu que considero o Musgo príncipe dos príncipes, que lhe dei um nome tão meu, acabei preterido. Hoje, o Musgo mostra-se totalmente alheio à minha pessoa, e quando me aproximo dele não aceita sequer que lhe passe a mão p'lo pêlo, como quem diz, "deixa-te disso, não vês que já não és meu dono?!". E felizmente, sei que o Musgo não poderia ter feito melhor escolha.