Em todo o país, esta é a época das vindimas, momento alto da vida das comunidades rurais. Na região onde nos encontramos, limítrofe do Pinhal Interior, a cultura da vinha ocorre em pequenas extensões, geralmente integrando quintais e hortas, onde também se cultivam videiras de uva-de-mesa, com destaque para a casta moscatel tinto, de sabor intenso, muito doce, "puxado" pelo sol beirão.
A maioria dos agricultores, tanto na Silveira dos Limões como nas aldeias vizinhas, tem pequenas adegas onde produz o seu vinho, principalmente para consumo próprio. Também aqui, uma vez mais, se cumpre a tradição.
> Xisto | Azulejo
Cacho de uva, séc. XX (1ª metade),
azulejo, aerografia, Fábrica de Loiça de Sacavém
© CRO|XISTO|AZ
Este azulejo com cacho de uvas e folhas de parra, da Fábrica de Loiça de Sacavém (1856-1994), foi produzido durante a 1ª metade do séc. XX, possivelmente nas décadas de 1920/30. Tornou-se um motivo muito popular em tascas, tabernas e adegas da Estremadura, sobretudo Lisboa, mas também noutras localidades do país. Era aplicado em sequências de repetição, nos frisos de remate de lambris interiores, ou como azulejo de figura avulsa intervalado por azulejos brancos, quer em lambris, quer em lava-loiças, ou ainda, isoladamente, em depósitos de vinho. Entre os exemplos notáveis, mantidos "in situ", destacamos o da antiga casa de pasto "Adega dos Garrafões", em Setúbal.
[ adenda, 26.09.2014 ]
> Xisto | Azulejo
Cacho de uva, séc. XX (1ª metade),
azulejo, aerografia, Fábrica de Loiça de Sacavém
© CRO|XISTO|AZ
[ adenda, 26.09.2014 ]
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